Existem diferentes formas de classificar o pectus excavatum (PE) (1,2), mas nenhuma delas é a ideal.
A classificação mais utilizada é o índice de Haller, mas não porque ele seja melhor que os outros índices. O motivo para isso é que as fontes pagadoras (seguradoras medicas) nos EUA adotam esse índice como referência.
Do ponto de vista prático, os pectus podem ser divididos em dois grandes grupos porque o tratamento e os possíveis resultados alcançados podem variar. Os grupos são:
a) pectus tipo saucer (pires) ou grand canyon – nesse tipo de pectus a deformidade envolve toda ou quase toda a extensão do osso esterno (Fig. 1).

Figura 1 – Pectus excavatum tipo grand canyon.
b) pectus tipo cup (xicara) ou localizado – conforme o próprio nome, a deformidade do osso esterno é bem localizada (Fig 2). De forma geral, o pectus tipo cup é mais problemático para corrigir.

Figura 2 – Pectus excavatum tipo cup.
Outro aspecto é que os PE podem ser simétricos ou assimétricos, sendo que em geral a depressão é mais predominante do lado direito. Essa assimetria é dada pela torção do osso esterno e esse fator deve ser levado em conta porque a correção nos casos que tem torcao esternal pode resultar em algum grau de pectus carinatum no pós-operatório.
Referências:
Park HJ, Lee SY, Lee CS, Youm W, Lee KR. The Nuss procedure for pectus excavatum: evolution of techniques and early results on 322 patients. Ann Thorac Surg 2004;77: 289–95.
Choi JH, Park IK, Kim YT, Kim WS, Kang CH. Classification of Pectus Excavatum According to Objective Parameters From Chest Computed Tomography. Ann Thorac Surg. 2016;102(6):1886-1891. doi: 10.1016/j.athoracsur.2016.05.079.